sábado, 23 de agosto de 2014

Resenha do livro: O último império


Logo ao início, o livro faz uma abordagem introdutória sobre a perspectiva adventista da posição que o império americano ocupa nas profecias bíblicas apocalípticas. Para tanto, o autor  analisa a visão que a América do Norte tem de si mesmo como “luz das nações” através de seu império civil e religioso, relacionando isto então com o símbolo apocalíptico da besta com aparência de cordeiro, mas, com voz de dragão.

Em seguida, o autor faz uma análise mais apurada sobre Apocalipse capítulo treze, apresentando uma visão mais profunda da compreensão adventista sobre a importância dos Estados Unidos da América nas profecias bíblicas.

Para tanto, ele faz um breve histórico sobre as interpretações dos pioneiros da igreja associando-os com a visão e comentários de Ellen White sobre o assunto. Ao fim desta seção, o autor apresenta os Estados Unidos como sendo uma parte integrante essencial do clímax do engano que está para vir à Terra,  sendo aquele que contrafaz realidades bíblicas baseando-se em equivocadas visões dispensacionalistas das profecias concernentes ao antigo Israel, e também, sendo o poder que dará fôlego ao sistema de estabelecimento de uma “nova ordem” religiosa contrafazendo as obras de Deus.

Após esta visão escatológica, o autor entra nas fundações deste sistema, viajando para o próprio nascimento do “Novo Mundo” através dos relatos da história. Ele assim o faz, para revelar o porque da América do Norte pensar do jeito que pensa em relação a si mesma, como sendo o “novos céus e nova Terra”da bíblia. A própria descoberta da América já está associada a misticismo e uma busca de estabelecer um novo reino de Deus. Estas ideias já eram presentes no próprio descobridor deste país, Colombo, que queria encontrar o “paraíso”.

Sua fundação então é apresentada como uma mescla de estado civil com estado religioso. Mesclando um poder duplo, quase que inquestionável. Estas fundações do Estado Norte Americano fizeram-no nascer com aspirações e potencial a tornarem-se império.  

Esta base de fundação do país Norte Americano, baseado em princípios sólidos, permitiu que o país crescesse sempre em direção ao seu ideal: Ser um “paraíso” terrestre. Um local para se romper com o “velho mundo”, abandonar vícios e perseguições, visando-se criar uma nação com “novos pensamentos” norteada por um princípio “inalienável”, até que se prove o contrário, da liberdade.

Seguindo após sua fundação e conquista de liberdade, o império é apresentado sobre sua perspectiva de consolidação. Não somente uma consolidação, mas um estabelecimento de uma “nova ordem”. Esta visão está intimamente relacionada com a mentalidade da religião civil americana, fazendo-os enxergarem a si mesmos como uma nação eleita por Deus. Seus ideais estão todos fundamentados em uma visão de poderio e império, como é claramente mostrado pelo autor nos símbolos da nação Norte Americana.

Partindo dessa visão própria de autor, ele apresenta que o império chega a uma contradição, afirmando ser uma nação eleita e estabelecida por Deus, mas quando na verdade, praticam perseguição e impõe sua “nova ordem” pela força. Ou até no período de colonização os índios eram massacrados em “nome dos projetos de Deus”.

Estes aspectos apresentados pelo autor nos ajudam a decifrar o quebra-cabeça, nos ajudando a entender porque a America, é apontada pela profecia como aquela que tem “voz de cordeiro, mas na verdade é um dragão”. Seu poder civil-religioso perdeu aqueles ideais, sendo hoje uma nação baseada na força e busca do poder econômico.

Chegando já ao final do livro, o autor reflete sobre ocasiões em que a América foi contestada, revelando-se que por detrás de sua “diplomacia de cordeiro” existe um “poder de dragão” sendo ela intolerante, mesmo que visando estabelecer um reino de liberdade. Esta é uma contradição, estabelecer a liberdade pela força.

Todo este panorama apresentado pelo autor nos ajuda a entender como se dará o desenrolar dos últimos acontecimentos deste mundo, baseado na visão profética bíblica.

No final da história, o autor conclui que, o sábado e o domingo se tornarão marcas distintivas de dois sistemas: um relacionado com a visão de um Deus criador, e o outro relacionado com a visão evolucionista desenvolvimentista.  

________

DORNELES, Vanderlei. O último império: a nova ordem mundial e a contrafação do Reino de Deus. Tatuí - SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012.

Salvação: nossa única solução

Um caminho


“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

Precisamos compreender que o problema do pecado é proporcional a sua solução. A grande pergunta no jogo da vida é: qual será a nossa resposta? Nosso destino eterno depende de nossa escolha.

A nossa condição é de lamentável realidade. Cristo não se confiava a homens porque sabia da depravação do coração humano. Diz a Bíblia:

“ Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia; E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem.” João 2:25

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jeremias 17:9

A justiça foi perfeita quando Deus disse à Adão lá no Éden: “Tu és pó e ao pó retornarás”. Pois a morte, biblicamente falando, não é condição natural da existência, mas sim, um resultado legal da transgressão do homem.

“Porque o salário do pecado é a morte”. Romanos 6:23

A cruz sendo a solução de Deus como falamos é proporcional ao problema do pecado. Ambos os lados muito profundos. Ela prova também nossa total incapacidade de resolver o problema do pecado.

Mas, mais do que isto, ela aponta esperança, aponta um plano de salvação. Lembrando que a reposta de Deus ao pecado humano foi a oferta de salvação no Cristo.

Qual deve ser nossa resposta:

“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.” João 5:24 e 25

“QUE diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;” Romanos 6:1-8

 Crê nisso? 

Refletindo um pouco mais: A liberdade do cristão

A cruz: fonte de vida.


Onde está o Espírito do Senhor ali há liberdade”. II Cor. 3:17


Atente ao verso acima e pense que é preciso lembrar que o contrário também é verdadeiro, onde Ele não está não há liberdade.

Pense um pouco: O sistema do pecado deixa os homens escravizados. O escravo é mandado e precisa obedecer, ele não pode escolher. Por não poder decidir, ele não tem liberdade.

O Cristão é chamado para ser livre, é chamado a poder escolher “um caminho melhor” através do poder de Deus.

“Cristo prometeu que o Espírito Santo habitaria naqueles que lutam pela vitória sobre o pecado, para demonstrar o poder da força divina, dotando o instrumento humano de poder sobrenatural, e instruindo o ignorante nos mistérios do reino de Deus”. (Obreiros evangélicos, p. 286)

A obra do Espírito de Deus é libertar-nos . Deus quer filhos livres.

“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente”. Tito 2:11 e 12

Pense em alguns pontos em que podemos ser livres:

- Ser livre da escravidão do tempo. Por isso Deus nos deu o sábado, memorial da criação e da redenção, para deixarmos nossa rotina “louca”.

Devemos ter o tempo, não ele nos ter.

- Livres da escravidão do dinheiro, por isso Deus instituiu os dízimos e ofertas, que libertam do egoísmo e nos lembram que tudo vem de Deus.

Devemos ter o dinheiro, não ele nos ter.

- Livres da escravidão da imoralidade, por isso Deus deu o casamento.

Devemos ter a sexualidade, não ela nos ter.

- Livres de qualquer paixão desenfreada. Devemos ser regidos pela consciência guiada pelo Espírito. Agora podemos escolher.

Se antes éramos escravos dos impulsos, agora temos a opção de dominá-los.

Jesus disse (Mt 6:25 a 34):

“Não é a vida mais importante que o alimento?”

“Não é o corpo mais importante do que as vestes?”

Devemos ter os impulsos, não eles nos terem. Em outras palavras, livres da escravidão do pecado. Por isso Jesus nos deu Seu sangue.

A obra de Cristo, através do Espírito, quer atingir todo o nosso ser para nos fazer alcançar liberdade e paz.

Só podemos ser livres, se Cristo for o primeiro. Buscando a Sua força. Jesus nos diz: “Minha graça te basta”. É possível vencer.

"A união da pessoa com Cristo é uma relação de dependência. O inferior depende da sabedoria e força do superior. Cristo é nossa justiça, sabedoria e santificação". (Review and Herald, 11 de setembro de 1883)

O santo não é aquele que nunca errou, mas o que não desiste de permanecer em Deus.

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. I João 1:9

Mas qual é o preço dessa liberdade? O precioso sangue de Cristo. Jesus nos chama da escravidão do pecado para o serviço da justiça.

Pedro escreveu:

“Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento”. I Ped. 1:13 e 14

“Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”. I Ped. 1:18 e 19

Paulo escreveu:

“Porque não recebeste o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai”. Romanos 8:15

Se houver o desejo de ser livre, é preciso buscar a comunhão com Deus. Justamente por sermos falhos, somos alvos de Seu incomparável amor. Nosso maior argumento diante de Deus é nossa necessidade.

“Pois Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó”. Salmos 103:14

Por saber que somos pó, Deus nos ajuda através do Seu Espírito. Nos convencendo do pecado e nos guiando a toda a verdade, consequentemente nos levando ao arrependimento.

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. (...) O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora se somos herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados”. Romanos 8:14, 16 e 17.

Quer você estar de pé na presença do cordeiro redimido e totalmente livre? Aceite o sangue que limpa, restaura e assegura a vida eterna ao que crê.

“Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” Hebreus 9:13 e 14

Pela graça, liberdade para sempre.


Crê nisto?

______________

Salvo indicação contrária, todas as referências bíblicas neste texto são da: SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. A Bíblia Sagrada. Revista e Atualizada no Brasil. 2° ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.