"Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca, pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabe que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu". Apocalipse 3:15 a 17
O ateu moderno não é mais somente aquele que não crê, mas aquele para quem Deus não é relevante.
Saem de cena os grandes heróis e mártires da fé do passado e entram os apáticos e acomodados cristãos modernos. Os cristãos modernos creem como os outros creram, mas não se entregam como os antigos se entregaram.
Aqueles cristãos que entregaram suas vidas à causa do Evangelho, que
deixaram-se consumir de paixão e zelo pela Igreja de Cristo, que viveram com
integridade e honraram o chamado e a vocação que receberam do Senhor, que
sofreram e morreram por causa de sua fé, convicções e amor a Cristo, fazem
parte de uma lembrança remota que às vezes chega a nos inspirar.
A preocupação com a moral e a ética, com o bom testemunho, com a vida santa e reta aos olhos de Deus não nos perturba mais - somos modernos, aprendemos a respeitar o espaço dos outros. O cuidado com os irmãos, o zelo para que andem nos caminhos do Senhor, as exortações, repreensões e correções não fazem parte do elenco de nossas preocupações. Afinal, cada um é grande e sabe o que faz.
Citamos com convicção nossas crenças, mas o que cremos não tem nenhuma relevância com a forma como vivemos. A pessoa de Cristo para muitos é apenas mais uma grife religiosa, não uma pessoa que nos chama para segui-lo. A sociedade moderna vem criando os métodos e as técnicas que reduzem nossa necessidade de Deus, a dependência dele e a relevância da comunhão com ele.
Chamamos uma boa música de adoração, um convívio agradável de comunhão, uma moral sadia de santificação, assiduidade nos programas da igreja de compromisso com o Reino de Deus.
Tornamo-nos mais dependentes de nós do que de Deus, acreditamos mais na eficiência do que na graça, buscamos mais a competência do que a unção, cremos mais na propaganda do que no poder do Evangelho. O pensamento é: Com ou sem oração a igreja vai crescer, vai funcionar. Deus tornou-se irrelevante. Tornamo-nos "ateus crentes".
Como disse, o ateu hoje não é mais aquele que não crê, mas aquele que não encontra relevância para Deus na sua rotina, não precisa da comunhão dele para a vida. A sutileza do novo ateísmo é que ele não precisa negar a fé, apenas cria substitutos para ela. Mantém o crente na igreja, mas longe do seu Salvador.
O problema da igreja em Laodicéia é que Cristo está do lado de fora:
"Eis que estou a porta e bato, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo". Apocalipse 3:20
O problema da igreja em Laodicéia é que Cristo está do lado de fora:
"Eis que estou a porta e bato, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo". Apocalipse 3:20
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Salvo indicação contrária, todas as referências bíblicas neste texto são da: SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. A Bíblia Sagrada. Revista e Atualizada no Brasil. 2° ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
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